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Sueli Carneiro, 30 anos combatendo o racismo e o sexismo.


Olá amores! Dando prosseguimento as atividades da I Semana da Consciência Negra Brisa Literária, venho hoje apresentar Sueli Carneiro, mulher negra, filósofa, feminista e fundadora do Geledés – Instituto da Mulher Negra, a primeira organização negra e feminista independente de São Paulo.

Nascida em 1950 e a mais velha de sete filhos, Sueli Carneiro foi criada de forma humilde na zona norte de São Paulo. Filha de uma costureira e um ferroviário, desde muito jovem sentiu na pele o peso da cor e precisou aprender como lidar com o racismo. “Meus pais me educaram dizendo que poderia ter problemas por causa da minha cor e que teria que cuidar disso. Quando era criança, resolvia batendo." Aos 20 anos, a reação mudou: “Tive meu primeiro contato com os movimentos feminista e negro. Percebi que a luta não precisava ser solitária ou individual. Virou uma questão política” (Fonte: Geledés).

Empoderada e politizada, tem como propósito de vida a luta antirracista. A filósofa é Doutora em Educação pela USP, escritora e ativista dos movimentos negro e feminista. Em 2010, sua atuação foi fundamental na audiência pública que o Supremo Tribunal Federal realizou sobre as cotas raciais nas universidades brasileiras.

30 anos atrás, em abril de 1988, junto com mais nove mulheres negras, fundou o Instituto da Mulher Negra. Fato histórico, pois se deu em uma época em que as pautas feministas começaram a ganhar destaque, porém, apenas do ponto de vista branco. O que impulsionou a criação do Instituto foi sua vontade de lutar pela mulher negra, que é síntese de duas opressões: a de raça e a de gênero. “Indignação sempre foi a palavra que mais me impulsionou. Odeio injustiça”.

Além de escrever diversos artigos sobre raça, gênero e direitos humanos, Sueli atua na criação e difusão de cursos de cidadania para mulheres de periferia e lideranças populares na área de proteção à mulher com a criação de programas e aplicativos, além do desenho de políticas públicas para a igualdade de gênero. O nome do Instituto é em si uma declaração de força e reconhecimento das raízes, geledés é originalmente uma forma de sociedade secreta feminina de caráter religioso existente nas sociedades tradicionais iorubás. Expressa o poder feminino sobre a fertilidade da terra, a procriação e o bem estar da comunidade.

Este ano, Sueli Carneiro é uma das homenageadas ao Prêmio Trip Transformadores, ao lado de nomes como Lázaro Ramos e Padre Júlio Lancellotti. Criado com o objetivo de revelar brasileiros que trabalham para recriar a noção de desenvolvimento humano, transformando a realidade, o Trip Transformadores é um movimento permanente de transformação, pensado para promover a ideia de um mundo mais inteligente, humano e equilibrado. Uma homenagem em reconhecimento às pessoas que, com seu trabalho, ideias e iniciativas de grande impacto ou originalidade, ajudam a promover o avanço do coletivo e do outro.

Por hoje é só amores! Espero que tenham gostado de mais essa postagem da I Semana da Consciência Negra Brisa Literária. Para conhecer mais sobre Sueli Carneiro e o trabalho desenvolvido pelo Instituto, acessem: https://www.geledes.org.br/.





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